DICAS E ORIENTAÇÕES
- Comparecer com quinze minutos de antecedência ao exame para o processo de autorização do convênio.
- Não esquecer da identidade, carteirinha do convênio e pedido médico (devidamente assinado, carimbado e dentro do prazo de validade)
- Sempre trazer exames anteriores para estudo comparativo.
MEDICINA FETAL – o que é?
Medicina fetal é uma especialidade médica aonde o feto é o paciente.
O médico especialista, denominado fetólogo, é o “pediatra do feto”.
As máquinas de ultrassom atuais permitem que o fetólogo avalie de forma adequada e detalhada o feto e seu cordão umbilical, a placenta e a circulação sanguínea local. Assim torna-se possível diagnosticar doenças fetais ainda antes do nascimento.
Na maioria das vezes não é possível tratar a doença durante o pré-natal, mas o fato de conduzi-la de forma adequada, programando o melhor momento e local para o nascimento, pode mudar significativamente as chances de sobrevida e saúde do recém-nascido.
No entanto existem algumas situações em que a intervenção ainda intra-útero muda completamente o curso da doença, seja através de cirurgias, seja através de medicamentos. Apesar dessas situações não serem as mais comuns, quando conduzidas de forma adequada e no tempo correto, muda-se significativamente as chances de vida e saúde do concepto.
Existem dois grandes grupos de procedimentos invasivos em Medicina Fetal:
1-Procedimentos diagnósticos: AMNIOCENTESE (coleta de líquido amniótico) ou BIÓPSIA DE VILO CORIAL (biópsia de placenta) que possibilitam por exemplo avaliar o cariótipo fetal, ou seja, se o feto apresenta os 46 cromossomos normais.
2- Procedimentos terapêuticos: por exemplo, a cirurgia intra-útero para correção de espinha bífida.
ULTRASSONOGRAFIA OBSTÉTRICA DO 1° TRIMESTRE:
O primeiro exame deve ser feito em torno de 7 a 8 semanas após a data da última menstruação. É chamado de ultrassonografia obstétrica endovaginal, já que deve ser usada uma sonda própria transvaginal para se ter uma imagem mais clara do embrião, que ainda se apresenta muito pequenino (em torno de 1 a 2 cm). Já se escutam os batimentos cardíacos embrionários com clareza, além de ser possível definir quando estamos diante de gêmeos. Assim este primeiro exame é muito importante pois:
- Define se a gravidez está dentro do útero;
- Informa com exatidão o tempo de gravidez;
- Define se é uma gravidez única ou gemelar;
- Se gemelar, define se há uma placenta ou mais;
- Os ovários são avaliados sendo possível definir aonde ocorreu a ovulação que gerou a gravidez; além de se poder diagnosticar tumores ou cistos nos mesmos.
Obs.: É importante frisar que a ultrassonografia não tem radiação e assim não causa nenhum problema para o embrião ou para a mãe, podendo ser feita várias vezes durante a gravidez. Além disso, a sonda transvaginal não entra em contato com o embrião e os tecidos da gravidez que o circundam, não causando nenhum dano para eles.
ULTRASSONOGRAFIA OBSTÉTRICA MORFOLÓGICA DO 1° TRIMESTRE
É comumente chamado de TRANSLUCÊNCIA NUCAL, mas na verdade é mais do que isso. É o primeiro exame morfológico da gravidez, aonde se avalia a formação dos órgãos fetais e alguns sinais de risco para síndromes cromossômicas.
Um bom resultado deste exame significa alta probabilidade de saúde fetal. Porém é importante frisar que não descarta todas as doenças ou malformações, tendo em vista que algumas vezes essas só serão evidenciadas no segundo ou terceiro trimestre da gravidez.
Deve ser realizada entre 11 e 14 semanas de gravidez; sendo melhor com 12 ou 13 semanas completas. Pode ser considerado o principal exame ultrassonográfico do pré-natal pois:
Avaliamos se a formação dos órgãos está sendo adequada;
É possível determinar o risco individual de síndromes (Down e outras) através da avaliação de alguns sinais presentes no feto, sendo os principais: translucência nucal e osso nasal.
Nos casos de gêmeos de mesma placenta, é possível também verificar se há indícios de má distribuição de sangue entre os fetos.
Permite avaliar as artérias da grávida que nutrem a placenta, quanto ao risco de desenvolver pré-eclâmpsia durante a gestação.
Observações importantes:
Este exame não faz diagnóstico de síndrome de Down, apenas informa sobre um maior ou menor risco do feto apresentá-la. Para ter diagnóstico definitivo é necessário fazer estudo genético das células da placenta ou de células fetais presentes no líquido amniótico. Como estes métodos diagnósticos dependem de intervenções intra-útero e apresentam alguns riscos para a grávida e sua gravidez, costumam ser evitados e geralmente preferidos pelo casal em situações especiais.
A suspeita de maior risco de síndrome de Down neste exame não muda o curso da gravidez já que não é possível reverter esta situação pela medicina. Mas nos faz ter mais cuidado e atenção durante o pré-natal para detectar malformações e outras complicações que, se abordadas de forma adequada, podem aumentar as chances de sobrevida do bebê.
ULTRASSONOGRAFIA OBSTÉTRICA MORFOLÓGICA DO 2° TRIMESTRE
O terceiro exame deve ser feito entre 20 e 24 semanas de gravidez e é denominado ultrassonografia morfológica do 2° trimestre, durante a qual a morfologia do feto deve ser avaliada. Ou seja, todas as partes do corpo são analisadas detalhadamente, da cabeça aos pés, incluindo todos os órgãos (cérebro, coração, pulmões, coluna vertebral, estômago, rins, bexiga, etc). Geralmente é neste momento em que se detecta a malformação, se já presente. Porém, existem poucos casos em que só é possível diagnosticar a má formação posteriormente, sendo importante a cada nova ultrassonografia checar cada órgão fetal novamente.
Neste mesmo momento também é importante realizar a ultrassonografia endovaginal para avaliação do colo uterino. Essa medida nos permite saber se a paciente tem maior risco de desenvolver parto prematuro.
Além disso, se o estudo Doppler não foi realizado durante o final do primeiro trimestre, torna-se importante ser avaliado neste momento, para saber se a paciente apresenta risco aumentado para pré-eclâmpsia e restrição de crescimento fetal.
Assim o terceiro exame da gravidez consiste em ULTRASSONOGRAFIA OBSTÉTRICA MORFOLÓGICA E ENDOVAGINAL PARA A MEDIDA DO COLO UTERINO, além do estudo DOPPLER DAS ARTÉRIAS UTERINAS, caso este ainda não tenha sido realizado.
OUTRAS ULTRASSONOGRAFIAS:
A partir de sexto mês de gravidez, a necessidade de realizar outras ultrassonografias dependerá da evolução de cada gestação, sendo individualizada de acordo com o pré-natal. Na maioria das vezes é solicitado um exame em torno de 28 semanas, quando é possível verificar o peso estimado do feto e sua posição dentro do útero, a quantidade de líquido amniótico, o aspecto e a localização da placenta, a circulação sanguínea materna-fetal-materna e se o feto apresenta sinais de boa oxigenação e saúde. Essa avaliação completa é chamada de ULTRASSONOGRAFIA OBSTÉTRICA COM DOPPLER E PERFIL BIOFÍSICO FETAL.